CAN 2023: Cabo Verde e Angola Brilham, Moçambique Deixa Marca e Guiné-Bissau em Busca de Respostas
A emocionante jornada da Taça das Nações Africanas (CAN) 2023 na Costa do Marfim chegou a uma conclusão eletrizante para as seleções dos PALOP, com destaque para Cabo Verde e Angola, enquanto Moçambique e Guiné-Bissau encerram suas participações com diferentes nuances de desempenho.
Cabo Verde: Tubarões Azuis Demonstram Resiliência e Classe
Os Tubarões Azuis de Cabo Verde emergiram como protagonistas, dominando o Grupo B e conquistando a atenção internacional ao impor respeito a campeões como Gana e Egito. Sob o comando de Pedro Bubista, a seleção cabo-verdiana mostrou classe e experiência ao enfrentar adversários de peso, como a seleção egípcia, a mais condecorada do futebol africano, e o tetracampeão Gana.
O empate contra o Egito, obtido mesmo após os 90 minutos, solidificou a passagem limpa de Cabo Verde para os oitavos de final, com duas vitórias diante de Gana por duas bolas a uma e Moçambique, por três bolas sem resposta e um empate com Egipto Cabo Verde garantiu a classificação para oitavos de final com 7 pontos e liderando o grupo B.
Moçambique: “Mambas” Deixam Tudo em Campo, Faltou um Golo para o Histórico
Os “Mambas” protagonizaram uma campanha marcada pela emoção e pela resiliência. Não sendo considerados favoritos para avançar, surpreenderam ao conquistar dois empates, incluindo um emocionante empate no seu primeiro jogo, onde venciam por 2-1 até aos 90+7, contra o Egito, os heptacampeões africanos, mais um penálti – muito polémico “salvou” o Egito, terminado o jogo empatado a duas bolas.
No confronto crucial contra o Gana, Moçambique, liderado por jogadores como Geny Catamo e Reinildo, ficou a um golo de realizar uma apuração histórica para a fase eliminatória. A derrota para Cabo Verde foi uma pedra no caminho, mas a equipe respondeu com garra e determinação, empatando nos acréscimos contra Gana fazendo dois golos em 5 minutos. A falta de um golzinho a mais foi o detalhe que impediu a celebração completa, mas a performance dos “Mambas” deixou uma marca de honra e orgulho.
Guiné-Bissau não mostrou tudo o que tinha para dar
Após mais uma presença consecutiva na fase final do CAN, a missão não era fácil: Guiné Equatorial, Costa do Marfim e Nigéria. Era claramente a seleção menos forte do grupo A, mas com mais margem de erro e de surpreender. Mas não aconteceu e nunca esteve perto disso.
A estreia pálida e desinspirada frente à anfitriã, Costa do Marfim (2-0), não deixou boas indicações internta e externamente. É sabida a importância de entrar com o pé direito numa competição como o CAN, ou mesmo sem vitória, deixar indicações de competência e qualidade para os próximos jogos. Não aconteceu.
Na segunda jornada seguiu-se a Guiné Equatorial. E a exibição também não sofreu grandes alterações. Derrota por 4-2 e eliminação. Falta de ambição ou medo de perder, o futebol não é uma ciência exata, mas ficou claro que a seleção de Guiné-Bissau arriscou pouco e ficou até abaixo do futebol que praticou no CAN 2021.Na despedida, derrota por 1-0 frente à Nigéria, numa exibição mais colorida, mas já tardia.
Angola: Palancas Negras Fazem História no Grupo D
Enquanto Moçambique ficou a um passo do histórico, Angola conquistou sua posição nos oitavos de final ao vencer o Grupo D. Os Palancas Negras, liderados por Celson Dala e Gilberto, registraram um empate contra a Argélia a uma bola e vitórias contra Mauritânia por (3-2) e Burkina Faso, por (2-0).
Angola enfrentará o terceiro classificado dos grupos C/D/E nos oitavos de final, destacando-se como um time a ser observado com grande expectativa.
Cabo Verde que também venceu o grupo B com 7 pontos ,enfrenferá o 3° lugar do grupo A/C/D no dia 29.01.
O CAN 2023 continua a surpreender e emocionar os fãs do futebol africano, com as seleções dos PALOP contribuindo para uma narrativa vibrante e cheia de emoções. Cabo Verde e Angola carregam o orgulho de avançar, enquanto Moçambique e Guiné-Bissau extraem lições valiosas para o futuro do futebol em suas nações.